São numerosos legados que outrora foram depositados na sede de Cervantes em Madrid, na Caja de las Letras.
“A verdadeira riqueza de uma comunidade é a sua cultura e a melhor forma de comprometer-se com o futuro é comprometer-se com o passado”, destacou o diretor do Instituto Cervantes, o poeta Luis García Montero, na abertura da exposição.
O pretexto, se assim se pode chamar, é o início da ‘Semana Cervantina’, por ocasião do Dia do Livro, que se comemora esta terça-feira, 23 de abril.
Na Caixa de Correio encontram-se, entre outras, uma caixinha com areia da terra natal do colombiano ganhador do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez; Sapatilhas de balé da cubana Alicia Alonso; ou os passaportes com os quais Rafael Alberti e sua esposa retornaram à Espanha após quase 40 anos de exílio.
Além disso, as cartas dos irmãos poetas Machado (Antonio e Manuel); Chapéu-coco de Joaquín Sabina; legados dos cantores e compositores Víctor Manuel e Atahualpa Yupanqui; a poetisa Nancy Morejón e o escritor Leonardo Padura, ambos cubanos, para citar apenas alguns.
A exposição intitulada ‘A maior riqueza. Legados Selecionados da Caixa de Cartas estarão abertos ao público até 16 de junho. Não contém todos os objetos, pois muitos, por ordem expressa dos proprietários, não poderão ser abertos até anos futuros.
O Instituto Cervantes quer oferecer uma imagem da cultura “como um bem comum e muito amplo”, que une o que se chama de “alta cultura” relacionada com o trabalho acadêmico, com outra cultura “mais folclórica”, explicou Montero.
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