As partes realizarão nesta capital o quarto Diálogo entre Cuba e a UE sobre Medidas Coercitivas Unilaterais, fórum que dará continuidade às discussões sobre o tema realizado em formato virtual em março de 2021.
No encontro, a delegação da ilha, chefiada pelo diretor-geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional da Chancelaria, Rodolfo Benítez, atualizará o bloco de 27 estados-membros sobre o endurecimento do cerco aplicado por Washington, apesar da ampla rejeição global que gera esta política.
Segundo a chancelaria cubana, a ocasião será propícia para apresentar os efeitos da inclusão de Cuba na lista unilateral dos EUA de países patrocinadores do terrorismo, decisão que qualificou de arbitrária e injustificada.
Poucos dias depois de deixar a Casa Branca, em janeiro de 2021, após o seu revés eleitoral, o então presidente Donald Trump ordenou a reinclusão da maior das Antilhas numa lista que carece de apoio e endosso internacional, como parte das mais de 240 medidas decretadas para aprofundar o alcance do bloqueio.
O seu sucessor na Presidência da nação do norte, Joseph Biden, manteve a grande maioria destas ações hostis.
A delegação visitante e a UE avaliarão também os efeitos nos seus laços econômicos, comerciais e financeiros e nos projetos de cooperação conjunta como consequência da componente extraterritorial da cerca.
Os Estados Unidos perseguem, pressionam e sancionam terceiros por suas ligações com Cuba, uma cruzada que impede que cidadãos, bancos e empresas europeias interajam em condições normais com o país caribenho.
Do lado europeu, o vice-diretor-geral para as Américas do Serviço Europeu de Ação Externa, Pelayo Castro, co-presidirá o fórum com Benítez.
Hoje em dia, os representantes de Cuba e da UE realizam uma intensa agenda de reuniões e trocas de pontos de vista em Bruxelas no contexto do IV Ciclo de Implementação do Acordo de Diálogo Político e Cooperação assinado por Havana e Bruxelas em 2016.
Na véspera, reuniu-se o subcomite de cooperação que traçou a implementação nos próximos meses de projetos em setores estratégicos dos dois lados do Atlântico, como as energias renováveis e a biotecnologia.
oda/wmr/ls