A análise detalhada de 35 estudos feitos por neurocientistas do Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, concentrou-se nas pontuações dos testes em três domínios cognitivos que se correlacionam intimamente entre si e desempenham papéis cruciais no desenvolvimento infantil.
Os pesquisadores examinaram a função executiva, que gera planos, solução de problemas e organiza estruturas que orientam ações futuras; a memória de trabalho, que é como alguém processa, usa e se lembra de informações diariamente; e a velocidade com que alguém processa informações.
Ao fazer isso, eles descobriram que crianças e adolescentes com infecção perinatal pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentavam déficits significativos em cada um desses aspectos.
As descobertas foram possíveis graças à análise dos resultados de quase três dúzias de estudos publicados entre 2012 e 2023 que incluíram mais de 4.000 pessoas com infecção perinatal pelo HIV.
Eles também estudaram mais de 2.300 pessoas expostas ao HIV, mas não infectadas, e quase 2.500 pessoas não infectadas e não expostas.
A AIDS, causada pela infecção pelo HIV, tornou-se em grande parte uma doença crônica em vez de uma condição com risco de vida.
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