Na véspera, a companhia aérea informou que as empresas deste país sul-americano interromperam abruptamente o seu serviço, apesar das operações da empresa serem autorizadas pela Administração Nacional de Aviação Civil da Argentina.
Segundo o comunicado, as entidades invocaram as disposições das medidas coercivas de Washington.
Por esta razão, a Cubana foi obrigada a cancelar os voos CU360 e CU361 nos dias 23 e 24 deste mês.
Num artigo, a conceituada jornalista e analista Stella Calloni destacou que “é impossível não analisar que isto indicaria que o Governo argentino, que suspendeu os voos da Aerolíneas Argentinas para Havana, não permite que Campos Petrolíferos Fiscais forneça combustível a Cubana”.
“Assim, o Executivo de Javier Milei toma a decisão de aderir a um bloqueio de mais de 60 anos contra a ilha, um recorde de corte medieval na história da humanidade, que foi reforçado em 1996 com a Lei Helms Burton e aprofundado até asfixia com mais de 250 novas medidas decididas por Donald Trump e apoiadas por Joe Biden”, acrescentou.
Por sua vez, a Associação do Pessoal Aeronáutico argentino criticou o ocorrido, exigiu o fim do cerco norte-americano e manifestou a sua solidariedade a Cuba e à sua Revolução.
Por sua vez, a Central de Trabalhadores Autônomos condenou que esta nação “cumpra de forma vergonhosa ao bloqueio criminoso dos Estados Unidos”.
“Manifestamos o nosso repúdio e a nossa inabalável solidariedade para com a ilha”, referiu a organização no seu perfil na rede social X.
Da mesma forma, o cientista político Atilio Borón acusou Milei de ser lacaio do império ao realizar ações deste tipo e outras como consentir no roubo de um avião venezuelano.
Por seu lado, o jornal Página 12 alertou que a recusa das empresas fornecedoras ressoa nos últimos gestos de alinhamento total de Milei com a Casa Branca, expressos nos recentes atos do Presidente com a General do Comando Sul Laura Richardson.
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