Estamos mal armados, somos lentos e pouco ambiciosos, disse ele em seu segundo discurso sobre o futuro da Europa na Universidade de Sorbonne, em Paris, onde citou a necessidade de “enfrentar os mísseis russos”.

Macron tem sido um defensor do fortalecimento militar da UE, uma vez em resposta às posições dos EUA de se afastar da postura protetora da Europa, particularmente durante o mandato de Donald Trump (2017-2021) e, mais recentemente, sob o argumento da suposta ameaça de Moscou.

De acordo com o presidente francês, a situação é crítica no velho continente por causa da guerra na Ucrânia, que ele descreveu como uma agressão da Rússia, “um país com capacidade balística e armas nucleares”.

Atualmente, abundam as acusações contra a potência eurasiana de querer se expandir para a Europa Oriental, uma visão que o Kremlin rejeita, enfatizando seu direito de se defender contra o cerco da OTAN que foi construído ao longo de suas fronteiras.

“Quando um vizinho se torna agressivo, é urgente levar adiante o conceito estratégico de uma defesa europeia”, disse Macron, que também mencionou o Irã e a China entre os desafios.

Em seu discurso, criticado pela oposição devido à proximidade das eleições europeias em junho, o chefe de Estado evocou a criação de uma força da UE capaz de mobilizar milhares de militares rapidamente e de uma coalizão para a segurança cibernética.

mem/wmr/bm