A nota em questão glosa um relatório da organização Human Rights Watch (HRW) que acusa os militares do Burkina Faso de assassinarem 223 civis, incluindo crianças, devido a suspeitas de conluio com os grupos armados islâmicos que combatem as autoridades legítimas do país desde 2015.
Ambas as estações de rádio estão suspensas por duas semanas e alertamos outros meios de comunicação para se absterem de divulgar informações falsas deste tipo, disse a porta-voz oficial do governo, Tonssira Myrian Corine Sanou, em declarações à imprensa.
Até agora, a direção da BBC manteve-se em silêncio sobre o assunto, enquanto a Voz das Américas afirmou que continuará a cobrir os acontecimentos neste país africano.
Em diversas ocasiões a HRW foi acusada de ter relações estreitas e servir os interesses da Agência Central de Inteligência e do FBI, serviços de inteligência internacionais e nacionais dos Estados Unidos, nesta ordem.
Entre os exemplos citados de comportamento tendencioso pelos críticos estão a animosidade da HRW em relação aos governos de esquerda na América Latina, uma tendência que é irritante para Washington, e, mais notavelmente, a recusa em condenar a possibilidade de bombardeamentos dos EUA com artilharia reativa contra a Síria.
Outro fracasso do grupo foi a aprovação virtual de extradições secretas de cidadãos de países árabes e islâmicos para detê-los em prisões secretas e na base naval de Guantánamo, com o objetivo de submetê-los a interrogatórios com recurso a tortura física e psicológica.
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