Durante a abertura de um fórum em que participaram cerca de 160 pessoas, entre agentes públicos e privados, o presidente comentou as ações do Executivo para criar infra-estruturas para o desenvolvimento, bem como um melhor ambiente de negócios na nação africana.
Perante os operadores econômicos sul-coreanos de sectores como agricultura, transformação alimentar, energia, água, indústria transformadora, pescas, turismo, saúde, digitalização e inovação tecnológica, Lourenço referiu-se ao Corredor do Lobito e à construção de plataformas logísticas.
Nesse sentido, referiu a zona franca na Barra do Dande, para instalação de unidades fabris para empresas que queiram ter base em Angola, e o terminal marítimo nesse mesmo cenário, que permitirá armazenar em terra cerca de 580 mil cúbicos metros de combustíveis refinados.
Outras ações discutidas foram a reabilitação e modernização de portos e aeroportos, além da expansão da capacidade energética do país, atualmente superior ao consumo nacional, para a qual o sector privado foi convidado a investir na construção da rede de transporte e distribuição de energia.
O Presidente angolano destacou o interesse na instalação de fábricas de maquinaria pesada, automóvel e eletrônica no seu país, bem como na instalação de estaleiros coreanos em Angola para a prestação de serviços de manutenção de equipamentos navais.
Encorajou também a adesão ao projeto da indústria petroquímica anexa à refinaria de petróleo do Lobito, e a levar à nação africana a iniciativa das autoridades coreanas, denominada K-Rice Belt, que visa apoiar os países do continente na produção de arroz, partilhando conhecimento e tecnologia.
Outra área de abertura ao investimento abordada pelo presidente foi o turismo.
Lourenço destacou que com todas estas oportunidades os dois países acelerarão a aprovação para a entrada em vigor do Acordo de Proteção Recíproca de Investimentos, que proporcionará maior segurança a ambas as partes no estabelecimento de negócios.
“As autoridades angolanas reconhecem a importância dos investimentos coreanos em Angola e estão abertas e disponíveis para encontrar as melhores opções para que possa ser construída e preservada uma relação estável e mutuamente benéfica”, sublinhou.
O Chefe de Estado angolano realiza uma visita oficial de 48 horas à República da Coreia, durante a qual manteve um encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Kim Jin-Pyo.
A agenda inclui conversações com o seu homólogo coreano, Yoon Suk-Yeol, e a assinatura de vários acordos de cooperação.
mem/kmg/ls