De acordo com o portal de notícias israelense Ynet, que citou um funcionário palestino, Abbas recusou-se a receber Blinken em Ramallah durante a visita deste último à região porque “está muito zangado com ele”.
“Cada vez que o chefe da diplomacia estadunidense visita Ramallah ele faz promessas que nunca cumpre”, disse a fonte.
Por esta razão, acrescentou, o presidente pediu para não coordenar quaisquer reuniões em protesto pelo não cumprimento das promessas da Casa Branca.
Por seu lado, o jornal Al-Quds notou que Abbas está furioso com o veto dos Estados Unidos a um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU que deu luz verde à adesão da Palestina como membro de pleno direito da ONU.
Segundo aquele meio de comunicação, o presidente também se recusou a reunir-se com Blinken à margem das reuniões do Fórum Econômico Internacional, realizadas dias atrás em Riade, na Arábia Saudita.
Após o veto norte-americano, o presidente anunciou que o seu Governo irá reconsiderar as suas relações com a potência nortenha.
“A recusa em admitir a Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas constitui uma agressão flagrante contra os direitos do nosso povo, da sua história, da sua terra e um desafio à vontade do mundo”, afirmou no final do mês passado numa entrevista com a agência oficial de notícias Wafa.
Enquanto a comunidade internacional trabalha para apoiar a nossa causa, a Casa Branca apoia a ocupação israelense e recusa-se a forçar aquele país “a parar a guerra de genocídio contra Gaza e até a fornecer-lhe armas e dinheiro”, denunciou.
Abbas afirmou que os Estados Unidos violaram todas as leis internacionais e quebraram as suas promessas relativas à solução de dois Estados e à obtenção da paz na região.
A este respeito, destacou que a atual administração de Joe Biden não só não cumpriu as suas promessas, mas também permitiu que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfraquecesse a Autoridade Nacional Palestina.
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