Essa situação tem consequências graves para o acesso à informação dos cidadãos e do mundo.
De acordo com o jornal on-line Haiti Libre, jornalistas alarmados estão fugindo do país caribenho, reduzindo sua cobertura de mídia ou abandonando completamente a profissão.
Desde janeiro de 2022, 11 profissionais da mídia foram mortos em campo, outros ficaram feridos e vários repórteres passaram pela amarga experiência de serem sequestrados.
Todos esses elementos fazem do Haiti um dos países mais perigosos do mundo para ser jornalista.
As gangues também atacam e saqueiam escritórios de imprensa, como no caso dos jornais Le Nouvelliste e Le Moniteur.
De acordo com uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, relatada pelo jornal haitiano, 76% dos jornalistas sofreram ameaças relacionadas à sua profissão e 62% foram alvos de assédio verbal e on-line.
A pesquisa constatou que 30% foram vítimas de ameaças físicas e 54% indicaram que o assédio teve um impacto sobre seu trabalho.
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