Montevidéu, 7 mai (Prensa Latina) O desmantelamento de uma farsa contra Yamandú Orsi, pré-candidato presidencial da Frente Ampla, promete colocar hoje de novo em marcha a campanha eleitoral no Uruguai, embora ainda haja muito por fazer.
No dia anterior, a polícia prendeu Paula Diaz, a profissional do sexo transgênero que, em abril, apresentou uma queixa falsa contra Orsi por suposta agressão desde 2014.
Também foi presa e interrogada pela Promotoria Pública a militante do Partido Nacional Romina Celeste Papasso, agora expulsa da organização, que admitiu sua culpa na montagem do plano contra o candidato.
A expulsão de Papasso das fileiras do partido governista também envia um sinal para o processo eleitoral, mas ela deixou dúvidas no ar quando disse à imprensa que há mais envolvidos na conspiração e que lhe foi oferecido “ser uma deputada”.
“É claro que há pessoas por trás disso”, respondeu ele quando perguntado se alguém o pagou para orquestrar a denúncia.
“Isso não vai ficar assim. Não vou citar nomes, mas eles vão ter que investigar”, disse ele, referindo-se ao Ministério Público.
Enquanto isso, a defesa de Orsi não está satisfeita com o trabalho do promotor responsável pelo caso.
O ex-promotor do Tribunal, Jorge Díaz, da equipe de defesa do ex-prefeito de Canelones, considerou que a promotora Sandra Fleites não lhes dá “garantias”.
Além disso, Diaz disse que a farsa contra Orsi foi encenada na Argentina, onde “esse tipo de operação é muito comum”.
“Há pessoas por trás, pelo menos pessoas técnicas que têm um conhecimento claro de psicologia e direito”, insistiu o advogado.
Ele ressaltou que “há claramente uma intenção de marcar o perfil público de uma pessoa que é pré-candidata à presidência da República”.
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