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Destaque para o voto de punição do Panamá contra partido do governo

Destaque para o voto de punição do Panamá contra partido do governo

Cidade do Panamá, 8 mai (Prensa Latina) Vários analistas destacaram hoje os resultados das eleições gerais de domingo passado no Panamá, nas quais o voto de castigo contra o governante Partido Revolucionário Democrático (PRD) foi sua maior expressão, segundo eles.

De acordo com o coordenador do movimento Polo Ciudadano, professor Olmedo Beluche, no domingo passado o povo compareceu em massa para expressar seu repúdio ao governo de Laurentino Cortizo, seu vice-presidente e candidato presidencial, José Gabriel Carrizo, e ao partido governista representado pelo PRD.

Nesse sentido, ele enfatiza que, nas urnas, os cidadãos deram uma surra em um governo de direita, antipopular e antinacional, a serviço dos banqueiros e dos Estados Unidos.

O resultado, o pior da história do outrora poderoso PRD, disse Beluche, mostra que as pessoas foram às urnas com o maior comparecimento em décadas (78%, de acordo com relatórios preliminares) para dar um voto punitivo contra um executivo responsável pelo desastre social, econômico, ambiental e político em que o país se encontra.

O estudo afirma que os setores mais atingidos pelo desemprego e pela pobreza puniram o governo de Cortizo votando em José Raúl Mulino e em sua promessa de “mais chenchen” (dinheiro).

Uma vanguarda popular que lutou nesses anos contra as imposições do Executivo se manifestou a favor da chapa Maribel Gordón – Richard Morales, segundo ele, que dobrou a quantidade de votos obtidos pelas propostas eleitorais anteriores da esquerda panamenha, consolidando uma alternativa bem estruturada em nível nacional com um grande futuro.

Para Beluche, a maioria do eleitorado optou erroneamente por votar em candidatos que, por pertencerem a várias facções da burguesia nacional, na realidade agirão contra as expectativas do povo e contra os próprios interesses sociais e econômicos das classes populares.

Para o acadêmico, a “lua de mel” com o novo governo terá vida curta, pois a crise econômica e as receitas neoliberais logo o colocarão em rota de colisão contra o povo.

Outra parte do eleitorado, disse ele, votou contra a corrupção, como os independentes ligados à coalizão Vamos, que agora domina a Assembleia Nacional (parlamento), outro cenário de oposição a quem quer que se sente na cadeira presidencial em 1º de julho, previu ele.

mem/ga/mb

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