Autoridades da Marinha informaram que o objetivo do NAM-Atlântico é resgatar pessoas isoladas e transportar suprimentos por locais alagados.
O carro-chefe da frota nacional sairá do Rio de Janeiro rumo ao Rio Grande do Sul com oito navios de médio e pequeno porte e duas estações móveis de tratamento de água.
No dia 30 de abril, a Marinha despachou oito barcos. Nesta quarta-feira, outro navio com doações também será destinado à divisão territorial.
Da mesma forma, a frota anunciou o envio de 40 viaturas e 200 militares para atuar na limpeza das ruas, além de equipes de saúde formadas por médicos e enfermeiros.
O último boletim da Defesa Civil indicou que fortes chuvas e inundações causaram 95 mortes até o momento. Outras quatro mortes ainda estão sob investigação para determinar se estão relacionadas aos eventos meteorológicos.
Da mesma forma, estão registrados 131 desaparecidos e 372 feridos. Além disso, há 207,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, 48,8 mil estão em abrigos e 159 mil deslocados (em casas de familiares ou amigos).
O Rio Grande do Sul tem 401 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao mau tempo e 1,4 milhão de pessoas afetadas.
Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou a falta de recursos federais para atender às necessidades do território afetado.
“O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul. É um estado muito importante do ponto de vista artístico, cultural, do trabalho e da nossa cultura. O que vamos fazer é devolver ao Rio Grande do Sul o que ele merece. “voltar a poder tocar a vida”, afirmou Lula em extensa entrevista concedida às rádios no programa Bom dia, presidente.
Em seu discurso, o presidente destacou que o objetivo do governo federal é não permitir que a burocracia coloque obstáculos à liberação de recursos.
Sobre o projeto de decreto legislativo, enviado pelo governo federal, que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e já aprovada pela Câmara dos Deputados, Lula avaliou que a proposta é iniciar a liberação de recursos por meio dos ministérios.
O que posso garantir, frisou, é que há cem por cento de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Judiciário para que o povo forneça os recursos na medida do possível.
Segundo o fundador do Partido dos Trabalhadores, “os ministérios têm estrutura nos estados, mas queremos trabalhar em conjunto com as secretarias estaduais”.
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