James Fitzgerald, diretor de sistemas e serviços da OPAS, estimou que o investimento nesse setor é o mais eficaz em termos de resultados, porque até 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos nele.
Uma maior prioridade fiscal, destinada ao primeiro nível de cuidados nos países de baixo desenvolvimento, deverá produzir indicadores importantes, disse ele.
Ele explicou que existem muitas doenças que podem ser tratadas como infecções respiratórias, renais e vasculares e assim evitar os custos com internações.
Fitzgerald falou no seminário sobre política tributária organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), do qual participaram ministros do Tesouro e das Finanças de 13 países, especialistas de organismos internacionais, da sociedade civil e da academia.
O evento foi inaugurado na segunda-feira pelo secretário executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs, que alertou que a região vive um cenário difícil devido ao baixo crescimento econômico e às pressões para conter os gastos públicos e pagar o aumento das taxas de juros de dívidas externas.
Quando três, quatro e até cinco por cento do Produto Interno Bruto são alocados a este serviço, reduz-se a disponibilidade de recursos para a saúde, educação, infra-estruturas, políticas sociais e outras áreas-chave, disse.
A CEPAL apelou ao aumento da disponibilidade de fundos através do aumento da arrecadação de impostos e da sua progressividade, mesmo para reduzir as desigualdades sociais.
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