De acordo com o Secretário de Estado de Energia, Arlindo Manuel Carlos, estudos indicam que o país tem recursos hídricos suficientes para atingir 18 GigaWatts (GW), enquanto a geração de eletricidade por meio de painéis solares fotovoltaicos pode chegar a 17,3 GW.
Essas duas são atualmente as mais utilizadas, mas ele disse que Angola também poderia introduzir a energia eólica, com um potencial de 2,3 GW, e aumentar os volumes de biomassa, que atualmente são muito baixos em comparação com o restante, pois há condições de gerar até 4,0 GW dessa forma.
O país deu um grande salto ao se afastar dos combustíveis fósseis, que em 2015 foram responsáveis por 61,12% do total de eletricidade produzida, a ser reduzido para 36,66% até 2023.
O objetivo é que, até 2027, as usinas térmicas sejam responsáveis por apenas 23,50% da geração, o que não só aumentará a economia de combustível e dinheiro, mas também reduzirá as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Manuel Carlos comentou que Angola poderia até considerar a possibilidade de entrar no mercado de créditos de carbono, o que permitiria obter financiamento para outros projetos no setor.
A nação africana, embora gere mais energia do que consome e continue a investir nessa área, tem uma taxa de eletrificação de apenas 44% da população.
Para reverter essa situação, é urgente expandir a rede de distribuição nacional, para a qual o Ministério de Energia e Água pretende recorrer ao setor privado e ao investimento estrangeiro.
Atualmente, o país tem 5.500 quilômetros (km) de redes, 39 subestações e 10 das 18 províncias estão interligadas ao sistema nacional, atendendo a pouco mais de dois milhões de clientes.
A aspiração é atingir 50% de eletrificação até 2027, com 6.500 km de redes e 3,5 milhões de clientes, para os quais é necessário crescer a uma taxa de 250.000 conexões por ano, disse o Secretário de Estado.
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