No sábado, a empresa – cujo principal acionista é a mulher do presidente Daniel Noboa – desistiu de construir o projeto Echo, após uma semana de protestos e queixas sobre o impacto ambiental das obras.
Esta luta não responde aos interesses de nenhum partido político, nem exprime interesses pessoais. Representa o sentido ancestral de viver num território vivo”, diz um comunicado da Comuna de Olon divulgado no domingo.
No documento, os habitantes da zona pedem a todas as comunas e organizações aliadas que se mantenham vigilantes para que Vinazín cumpra a suspensão anunciada.
A intenção de construir edifícios no chamado Esterillo Oloncito, declarado floresta protegida desde 2001, causou polémica no país sul-americano.
Embora o governo tenha afirmado que o projeto não violava qualquer lei, grupos ambientalistas e residentes na zona criticaram a obra e consideraram que o Ministério do Ambiente, da Água e da Transição Ecológica emitiu irregularmente a licença ambiental para o projeto.
A Procuradoria-Geral da República anunciou uma investigação e Valbonesi foi denunciado por tráfico de influências e crimes contra a natureza.
A decisão de desistir do projeto surge no mesmo dia em que os habitantes da comuna de Olón advertiram que não autorizariam a realização do projeto enquanto este não fosse socializado.
A Assembleia Nacional (Parlamento) convocou a ministra do Ambiente, Sade Fritschi, para a sessão plenária da legislatura para dar respostas, embora a data da sua comparência não tenha sido anunciada.
De acordo com a imprensa local, a ideia de Vinazin era encher o estuário para construir quatro edifícios, zonas sociais, zonas verdes, estacionamento, acesso à praia, entre outros serviços.
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