O portal de notícias Ynet relatou fortes confrontos entre soldados e milicianos palestinos que tentavam impedir o avanço dos agressores em Jabalia.
Como medida anterior, as Forças Armadas emitiram ontem ordens de evacuação daquela cidade, onde se refugiavam entre 100 mil e 150 mil pessoas.
Horas depois, a aeronave lançou intensos bombardeios contra o campo com o argumento de enfrentar um reagrupamento dentro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Ontem à noite, os meios de comunicação palestinos relataram mais de uma centena de ataques aéreos contra várias áreas do enclave costeiro, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
Por seu lado, a imprensa israelense destacou que atualmente operam até sete brigadas simultaneamente naquele território, que tem apenas 365 quilômetros quadrados, quando no mês passado o número era de apenas duas.
Enquanto a 98ª Divisão lidera o ataque a Jabalia, a 162ª realiza um ataque contra a cidade de Rafah, no sul, e a 99ª realiza uma operação no bairro de Zeitoun, na cidade de Gaza.
Várias unidades menores estão posicionadas no chamado corredor Netzarim, construído por Israel para dividir a Faixa em duas.
Precisamente, neste domingo a ONU informou que cerca de 300 mil palestinos fugiram de Rafah na última semana após o início da invasão terrestre.
Na sua conta no X, a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) criticou “o deslocamento forçado e desumano dos palestinos”.
O comissário geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, também questionou os ataques militares e o êxodo da população civil.
“As autoridades israelitas continuam a emitir ordens de deslocação forçada (…) o que está a forçar as pessoas em Rafah a fugir para qualquer lugar e para todo o lado”, lamentou.
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