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Religiosos dos EUA pedem mudança na política de Biden com Cuba

Religiosos dos EUA pedem mudança na política de Biden com Cuba

Washington, 16 mai (Prensa Latina) Mais de 20 organizações religiosas e instituições baseadas na fé nos Estados Unidos pediram uma mudança na política da administração Joe Biden em relação a Cuba, cujo povo tenta agora estrangular com o bloqueio.

“A atual política dos EUA de estrangular a sociedade cubana com um embargo econômico (bloqueio) para forçar a derrubada do seu governo é moralmente inaceitável e contrária à nossa fé, bem como aos princípios básicos dos direitos humanos”, afirmaram numa carta dirigida a Biden.

O texto, que circula nos meios digitais, sublinha a “profunda preocupação com a situação do povo cubano” e os efeitos da política externa falha de Washington em relação ao país do Caribe.

“É crucial que a vossa administração retire Cuba da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo e acelere o processamento da assistência das organizações humanitárias”, sublinha a carta.

Os signatários consideraram que tal decisão não só ajudaria a salvar vidas, como também contribuiria para os objetivos declarados da política externa dos EUA de defender os direitos humanos (dos quais se vangloria).

A reinserção de Cuba na Lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo em janeiro de 2021, dias antes do final da presidência de Donald Trump, “foi um erro grave e teve um efeito extremamente prejudicial para o povo cubano”, acrescentaram.

O fato levou “os bancos internacionais, as instituições financeiras e os fornecedores a retirarem o apoio ao comércio regular e à colaboração com grupos religiosos que prestam ajuda humanitária em Cuba”.

Como resultado, “a capacidade das nossas denominações e organizações religiosas para prestar assistência crucial e ajuda financeira aos parceiros cubanos foi severamente limitada”, sublinha a carta, que destaca os obstáculos criados pela designação unilateral e arbitrária da lista pela Casa Branca.

“A nossa política atual em relação a Cuba é um dos principais fatores que impulsionam esta tendência migratória”, alerta a carta.

Na sua exortação a Biden, os signatários foram claros: retirar Cuba da lista, tomar medidas para pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro e avançar para a normalização das relações com Cuba.

Cuba foi colocada pela primeira vez na lista de patrocinadores do terrorismo do Departamento de Estado durante a administração do Presidente Ronald Reagan, em 1982.

Em 2015, o então presidente Barack Obama afirmou que essa designação não tinha mérito e retirou o país da lista, o que Trump reverteu a 12 de janeiro de 2021, como uma das suas últimas disposições antes de deixar a Casa Branca.

ro/dfm/cm

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