Por: Teyuné Díaz Díaz
Até porque durante o encerramento do FITCuba, no dia 4 de maio, o ministro do Turismo cubano, Juan Carlos García, fez dois grandes anúncios: a isenção de visto para cidadãos chineses portadores de passaporte comum, e que o gigante asiático seria o país convidado para o evento. próxima edição da Feira será realizada em 2025.
O efeito da notícia não demorou a chegar, segundo o jornal chinês The Paper, a plataforma Ctrip reportou um aumento de 40 por cento na procura de bilhetes de avião e hotéis em Cuba em relação ao dia anterior, com residentes das localidades de Pequim , Xangai, Guangdong, Zhejiang, Jiangsu, Tianjin, Shandong e Fujian que demonstraram maior interesse.
A este respeito, o vice-presidente do Grupo Ctrip, Qin Jing, disse que a isenção de vistos e a retoma dos voos directos para a Ilha reduzirão significativamente os custos de tempo e dinheiro para os turistas, o que poderá levar a que mais visitantes chineses explorem estes destinos.
Prova do impacto é que a plataforma de viagens Qunar passou a ter disponível a rota direta Beijing-Havana, operada pela Air China, sendo as cidades turísticas mais procuradas Havana e Varadero, e entre as rotas mais solicitadas está a opção de viagem para 14 dias por quatro países caribenhos (México, Cuba, Costa Rica e Panamá).
A implantação também chegou a Madrid, onde funcionários da Air China e do Escritório de Turismo de Cuba naquele país explicaram as características das rotas aos operadores turísticos.
Naquela ocasião, o Diretor Comercial da Air China, Oscar Huo, disse à Prensa Latina que a empresa está empenhada em dar um impulso especial ao turismo de cidadãos chineses para Cuba e para a América Latina. Além disso, permite-nos consolidar a projeção da China para a Europa e oferecer em primeiro lugar a atratividade do Caribe com Cuba e a esperança de expansão para a América Latina.
Entretanto, a ministra cubana do Turismo para Espanha e Portugal, Niurka Pérez, comentou a esta agência que a isenção de vistos para cidadãos chineses amplia as perspectivas de transformar a Ilha num destino relevante para o gigante asiático.
Pérez concordou que o itinerário Beijing-Madrid-Havana valoriza o setor turístico ao permitir a possibilidade de multidestino, já que na realidade a Air China tem uma frequência diária da sua capital para Madrid.
Anteriormente, o presidente da Corporação de Aviação Civil Cubana, Joel Beltrán Archer, explicou à Prensa Latina que atualmente voam para o país 56 companhias aéreas, às quais se somarão as citadas Air China e Avianca da Colômbia, até chegar a 58, mas especificou que Às vezes, até 62 empresas voam para o país porque algumas só viajam em determinadas épocas do ano.
Archer destacou a conectividade de seu país com a Europa e a América Latina, o que facilita viagens turísticas e de negócios.
A verdade é que o reinício dos voos da Air China para Cuba abre um novo capítulo na conectividade da ilha caribenha com o mundo, já que a rota Beijing-Madrid-Havana oferece atrativos tanto na sua ligação com aquela nação como com o resto da América Latina. América, e com ela, a possibilidade de promover também o turismo multidestino.
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