Por Carmem Esquivel
A manifestação em frente ao Palácio La Moneda, sede do Executivo, foi convocada no âmbito dos acontecimentos aqui realizados por ocasião do 76º aniversário da Nakba, como a catástrofe que a criação do Estado de Israel causou para a Palestina as pessoas são conhecidas.
Há muitos anos, mas principalmente desde 7 de outubro, diversas organizações se uniram para condenar o massacre contra a população de Gaza, onde mais de 35 mil pessoas foram assassinadas e muitas delas são crianças, disse Rafael Riadi à Prensa Latina.
O coordenador nacional da Associação das Entidades Palestinas denunciou que mesmo quem está vivo sofre com a falta de medicamentos e alimentos e com os constantes bombardeamentos das forças israelitas, cujo objetivo é exterminar a população.
“Estamos aqui para pedir ao governo do Chile, que se manifestou a favor da causa palestina, que rompa definitivamente as relações com Israel”, disse Riadi.
Questionado sobre o pedido da Liga Árabe para o envio de um contingente de paz nos territórios ocupados, manifestou que a ideia de defender o povo da impunidade e da lógica da força é positiva.
No entanto, disse ele, é mais importante exigir de Tel Aviv um cessar-fogo definitivo e incondicional que respeite a legalidade internacional e os direitos do povo palestino.
Francisca Fernández, do Movimento pela Água e Territórios do Chile, disse que além de denunciar o genocídio em Gaza, estão aqui para protestar contra a empresa israelense Mekorot.
Esta empresa tem numerosos projetos em vários países latino-americanos, incluindo o Chile, controla mais de 90% das águas do território palestino e, no entanto, nega o acesso ao líquido vital a essas pessoas, denunciou.
Manuel Hasbún, presidente do Centro de Informação da Palestina, agradeceu a todos pela participação no evento ontem à noite, apesar do frio intenso.
Declarou que como meros mortais não é possível ficar indiferente diante de uma das maiores injustiças da história da humanidade.
Acredito que se aproxima o dia em que o Estado da Palestina será estabelecido e a sua bandeira será hasteada em Jerusalém, afirmou.
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