De acordo com um estudo da Universidade de Cambridge e da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, eles conseguiram verificar esses dados estudando uma cronologia de anéis de árvores que lhes permite olhar para trás no tempo sem a incerteza associada a algumas medições instrumentais iniciais.
Dessa forma, eles também puderam calcular que as condições do verão de 2023 no hemisfério norte seriam 2,07 graus Celsius (°C) mais quentes do que as temperaturas médias do verão entre 1850 e 1900.
A pesquisa, publicada na revista Nature, também revelou que a maioria dos períodos mais quentes cobertos pelos dados de anéis de árvores pode ser atribuída ao padrão climático El Niño.
Ele também afirma que “nos últimos 60 anos, o aquecimento global, causado pela emissão descontrolada de gases de efeito estufa, está fazendo com que fenômenos como o El Niño se tornem mais fortes”.
“É verdade que o clima está sempre mudando, mas o aquecimento em 2023 será ainda mais amplificado pelas condições do El Niño, de modo que acabaremos tendo ondas de calor mais longas e mais severas e períodos prolongados de seca”, disse o autor principal e professor universitário alemão Jan Esper.
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