Com 88 votos a favor, o Plenário do Legislativo constituiu esta mesa de trabalho que será integrada pelos deputados Patricia Mendoza, do movimento Revolução Cidadã (RC); Ingrid Salazar, do movimento Construye; Carlos Vera, do Partido Social Cristão (PSC); Steven Ordóñez, do movimento governista Ação Democrática Nacional (ADN) e a deputada independente Lucía Posso.
Posso considerou que as reformas sobre as questões aprovadas no referendo serão aprovadas no prazo de 60 dias, “porque não há nada para inventar e nada para incorporar”, disse.
Conforme regulamentado, o presidente equatoriano Daniel Noboa enviou na semana passada ao parlamento o pacote de projectos de lei para implementar os resultados do processo consultivo em que os cidadãos disseram sim a nove questões relacionadas com a segurança.
Em conformidade com a vontade popular, as propostas do presidente incluem o aumento das penas para o terrorismo, a produção e o tráfico ilícitos de droga, o crime organizado, o homicídio, os assassínios por contrato, o tráfico de seres humanos, o rapto com pedido de resgate, o tráfico de armas, o branqueamento de capitais e as actividades mineiras ilícitas.
Para estes crimes, as penas sugeridas pelo presidente são o dobro das estabelecidas no atual Código Penal Integral Orgânico.
Deveria também legislar o cumprimento total das penas para as pessoas privadas de liberdade nas prisões, estabelecer como crime a posse ou porte de armas e atribuí-las, juntamente com explosivos e outros dispositivos utilizados em crimes, à Polícia ou às Forças Armadas.
A Assembleia também deve abordar alterações à Lei Orgânica sobre a Extinção da Propriedade, para facilitar a propriedade pelo Estado de bens de origem ilícita ou injustificada.
Embora os projectos de lei de Noboa devam ser debatidos e os membros da comissão especial multipartidária possam ajustá-los, não podem ser rejeitados na sua essência, porque derivam da consulta popular, ou seja, os equatorianos já deram a sua aprovação nas urnas.
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