Pelo menos duas pessoas foram retiradas da sala quando Blinken estava a falar, uma das quais vestia uma t-shirt com as palavras “investir na vida” e um cartaz onde se lia “criminoso de guerra”, uma referência ao secretário de Estado, segundo imagens divulgadas pelos meios de comunicação locais.
Os manifestantes têm-se tornado cada vez mais comuns nas audiências que envolvem Blinken, que é visto como o rosto da resposta da administração Biden ao conflito em Gaza.
Um número crescente de democratas, na sua maioria progressistas, tem criticado Biden pelo seu apoio inabalável a Israel, apesar das enormes baixas civis e da crise humanitária no enclave costeiro.
Os protestos levantam preocupações sobre a campanha de Biden, entre os receios de que os eleitores mais jovens e progressistas estejam insatisfeitos com as políticas do Presidente.
Enquanto alguns aplaudiram a ordem do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a detenção do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, os EUA reagiram contra.
Blinken disse, na mesma audiência, que queria trabalhar com o senador republicano James Risch, membro principal da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes, numa legislação contra o TPI.
Tendo em conta os acontecimentos de ontem, penso que temos de analisar medidas adequadas para lidar novamente com uma decisão profundamente errada”, afirmou.
Para Risch, o TPI estaria a “meter o nariz nos assuntos de países que têm um sistema judicial independente, legítimo e democrático”.
Em mais de sete meses de escalada israelita na Faixa de Gaza, mais de 118 mil palestinianos foram mortos, feridos ou estão desaparecidos no enclave costeiro.
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