O último relatório da agência para documentar as baixas civis em conflitos considera que os danos e sofrimentos causados em 2023 “apontam para uma alarmante falta de cumprimento do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos”.
Para a coordenadora adjunta de ajuda da ONU, Joyce Msuya, a realidade enfrentada pelas populações envolvidas em guerras também confirma que as resoluções do Conselho de Segurança sobre essa questão nos últimos 25 anos continuam sendo amplamente ignoradas.
No debate de dois dias no principal órgão de paz do mundo, especialistas e representantes dos Estados membros consideraram alarmantes os casos do Sudão, de Gaza, da República Democrática do Congo, de Mali e da Nigéria.
A Conselheira Especial do Secretário-Geral para a Prevenção de Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, alertou especialmente sobre o Sudão, onde “os sinais de risco de genocídio são claros, com fortes alegações de que um crime já foi cometido”.
“A população civil está longe de ser protegida. Os civis são alvos com base em sua identidade. Em Darfur e El Fasher, os civis foram alvos e mortos por causa da cor de sua pele, por causa de sua origem”.
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