As descobertas, publicadas na revista Geophysical Research Letters, sugerem que o gelo marinho da Antártida está passando por uma mudança preocupante e pode passar para um novo estado inferior nas próximas décadas.
Todos os anos, o Oceano Antártico congela para formar gelo marinho, que atinge seu pico no final do inverno e seu ponto mais baixo no final dos meses de verão, de dezembro a fevereiro.
Em 19 de fevereiro de 2023, a extensão do gelo marinho antártico atingiu um mínimo de 1,77 milhão de quilômetros quadrados. Isso é 1,02 milhão de quilômetros quadrados a menos (36%) do que a média mínima de 1979 a 2022.
De acordo com especialistas, o gelo marinho da Antártida é vital para a sobrevivência de espécies como os pinguins e os ecossistemas antárticos, além de ser um dos principais controles das correntes oceânicas que podem afetar o clima global.
Sem o gelo marinho, o oceano absorve a luz solar e emite calor para a atmosfera, aquecendo-a.
Uma análise dos dados de 18 modelos climáticos diferentes revelou que é altamente improvável que um nível recorde de cobertura de gelo marinho tivesse ocorrido na ausência de mudanças climáticas.
Além disso, em 20 de fevereiro de 2024, o gelo marinho da Antártica atingiu sua extensão mínima este ano, a segunda menor já registrada, de acordo com a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA.
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