Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, o porta-voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric, confirmou o desejo de uma melhor perspectiva entre as duas nações.

“Vimos o anúncio dos Estados Unidos e esperamos que as relações entre os Estados Unidos e Cuba continuem a melhorar”, disse ele durante um briefing.

A medida foi anunciada na semana passada após a decisão do Departamento de Estado de retirar Cuba da lista de países que, segundo os EUA, “não cooperam totalmente” na luta contra o terrorismo.

“O Departamento determinou que as circunstâncias para a certificação de Cuba como um ‘país que não coopera totalmente’ mudaram de 2022 para 2023”, disse um funcionário não identificado à imprensa norte-americana.

Entre outras coisas, o Departamento considerou a retomada da cooperação policial bilateral como um dos motivos para reverter a designação anterior.

Por sua vez, o governo cubano considerou a disposição insuficiente, pois não é equivalente à eliminação da lista de países patrocinadores do terrorismo, o que implica sérias limitações para o intercâmbio econômico e comercial do país caribenho.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, insistiu que retirar seu país da lista de patrocinadores do terrorismo seria a atitude mais correta e coerente a ser tomada.

“Os Estados Unidos devem fazer o que é certo e coerente com essa posição: retirar Cuba da lista arbitrária do Departamento de Estado e pôr fim às medidas econômicas coercitivas que a acompanham”, escreveu o presidente em sua reação ao anúncio.

Por sua vez, o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, disse que o governo de Joe Biden “deve cessar toda manipulação política da questão e pôr fim à nossa inclusão arbitrária e injusta na lista de países que patrocinam o terrorismo”.

Os Estados Unidos acabaram de admitir o que todos sabem: que Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo, disse ele em uma mensagem publicada em sua conta no X.

Cuba foi incluída pela primeira vez na lista de patrocinadores do terrorismo do Departamento de Estado durante a administração do presidente Ronald Reagan em 1982, mas em 2015, o então presidente Barack Obama disse que a designação não tinha mérito no caso da ilha e a removeu.

No entanto, em 12 de janeiro de 2021, poucos dias antes de deixar o cargo, Donald Trump legou ao seu sucessor Joe Biden a reinclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo, algo que ele mantém apesar dos apelos para que ele retifique essa postura em sua política em relação à nação caribenha.

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