Em declarações à Prensa Latina, Martos, considerado o maior poeta contemporâneo do Peru, disse que Cuba não deveria estar na lista porque ao longo dos anos tem mantido uma política externa caracterizada pela cooperação entre as nações.
Diria mesmo que é do interesse dos Estados Unidos aproximarem-se de Cuba”, acrescentou, e referiu que um escritor norte-americano, Charles Wright Mills, defendeu no início da revolução cubana uma política de relações amistosas entre os Estados Unidos e Cuba, no seu livro “Escucha yanqui” (Ouve ianque).
Apontava a necessidade de os países latino-americanos trabalharem, independentemente das diferenças ideológicas, para a retirada de Cuba da lista de nações que, segundo os Estados Unidos, patrocinam o terrorismo, qualificação que se traduz em limitações económicas, comerciais e financeiras e, portanto, agrava o bloqueio de Washington a Cuba.
Temos visto casos em que é possível cooperar apesar de não se ter o mesmo pensamento. A história das guerras é o confronto e a história da paz é a cooperação apesar das diferenças”, disse o presidente da Academia Peruana da Língua.
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