Tal destemor faz justiça à “luta de um povo inteiro, reconhecido por mais de 140 países, pelo seu direito à autodeterminação”. Além disso, essa decisão terá um efeito positivo no apoio aos esforços de paz e estabilidade na região”, escreveu Lula na mídia social.
Mas a harmonia só surgirá, observou ele, “quando a existência de um Estado palestino independente for garantida”.
O fundador do Partido dos Trabalhadores também enfatizou que seu país foi um dos primeiros na América Latina a assumir essa posição, em 2010.
Na ocasião, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital.
A cerimônia de reconhecimento pelos países europeus será formalizada em 28 de maio.
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, disse que a medida tem como objetivo acelerar os esforços para garantir um cessar-fogo na guerra de Israel contra a ala militar do grupo palestino Hamas em Gaza.
A postura política levou Tel Aviv a retirar seus embaixadores da Espanha, Irlanda e Noruega.
O governo de Benjamin Netanyahu se opõe ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino e considera que o ato representaria uma recompensa pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
A operação do Hamas nessa data, com uma incursão de combatentes armados em terra no sul de Israel, foi uma surpresa.
De acordo com as autoridades israelenses, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 200 foram feitas reféns durante o ataque.
Em resposta, Israel tem bombardeado a infraestrutura de Gaza desde aquela data e impôs um cerco total ao território, dificultando até mesmo o acesso da ajuda humanitária aos palestinos.
Além dos mais de 35.000 mortos, a ofensiva militar de Israel em Gaza feriu cerca de 80.000 pessoas em sete meses, de acordo com o ministério da saúde do enclave.
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