Uma nota da PF indica que, no total, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Paraná (sete), Goiás (um), Mato Grosso (um), São Paulo (sete) e Rondônia (dois).
Além disso, duas pessoas receberam tornozeleiras eletrônicas.
Também foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados.
A expectativa é de que o prejuízo causado ao patrimônio público possa chegar a 40 milhões de reais (cerca de oito milhões de dólares).
Teoricamente, os fatos em investigação configuram crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.
“As investigações estão em andamento e a Operação Lesa Pátria se faz permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados expedidos, pessoas capturadas e foragidos”, explicou a PF.
Recentemente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que inclua os investigados pelo golpe na lista de procurados pela Polícia Internacional (Interpol).
Gonet também quer a expedição de um mandado de prisão preventiva contra os acusados.
A medida foi adotada depois que o portal UOL noticiou, no dia 14 de maio, que pelo menos nove dos condenados pelos episódios antidemocráticos romperam as tornozeleiras eletrônicas e fugiram para a Argentina e o Uruguai.
Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal após a publicação da reportagem, o procurador-geral da República pediu a De Moraes que expedisse mandados de prisão para cinco dos investigados.
Até o momento, o STF já condenou 216 dos envolvidos no atentado de 8 de janeiro de 2023, quando seguidores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e saquearam a sede dos Três Poderes em Brasília sob gritos de intervenção militar.
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