Sua apresentação de contas será atípica, pois normalmente os presidentes a fazem depois de um ano no cargo, mas ele assumiu o cargo em 23 de novembro de 2023, após as eleições excepcionais que se seguiram à morte cruzada decretada por seu antecessor, Guillermo Lasso.

Além disso, esse será seu último relatório nesse período, pois em fevereiro de 2025 haverá eleições presidenciais nas quais ele pretende concorrer novamente.

Noboa terá que se referir em seu discurso às propostas que ofereceu em sua campanha e cumpriu, como a consulta popular, e também a outras questões que não conseguiu implementar, como a grande promessa de acabar com a insegurança.

Embora o discurso oficial afirme ter devolvido a paz ao país, a realidade está longe dessa afirmação, pois os massacres, assassinatos contratados, extorsão e outros crimes persistem, a ponto de o próprio Noboa ter decretado na última quarta-feira um novo estado de emergência em sete províncias.

A declaração na sexta-feira, no 202º aniversário da Batalha de Pichincha, será feita na Assembleia Nacional (Parlamento) às 11:00, horário local.

A mídia local informa que cerca de 200 ônibus com cidadãos de várias províncias e militantes do movimento Ação Democrática Nacional (ADN) chegarão às proximidades da sede legislativa para apoiar o presidente.

De fato, circulam relatos nas redes sociais de que funcionários públicos estão sendo forçados a participar da reunião.

A área ao redor do prédio legislativo foi decorada com faixas e pôsteres com a imagem do presidente, cuja propaganda foi colocada em postes e paredes desde quinta-feira.

Pesquisas recentes indicam que o índice de aprovação do presidente caiu 20 pontos, depois de atingir 80% de aprovação em janeiro passado, quando ele declarou guerra ao crime organizado em meio a uma série de incidentes violentos.

A deterioração do índice de aprovação do chefe de Estado equatoriano nos últimos cinco meses é consequência de decisões importantes, como o aumento do IVA de 12 para 15%, uma medida que afeta o bolso de muitos, principalmente das classes média e baixa.

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