Que filme sucederá a Anatomia de uma Queda, de Justine Triet, é a questão do momento na sétima arte, e a resposta será conhecida esta noite na bela Riviera Francesa, quando a presidente do júri, Greta Gerwig, acabar com o suspense no Grand Théâtre Lumière, onde Camille Cottin será o mestre de cerimónias.
Os comentários são naturalmente abundantes e as referências de jornalistas e críticos especializados também ocupam espaço na imprensa, não faltando especulações sobre qual o género mais apreciado pelo júri, dando mesmo um toque feminino à decisão.
Das 22 longas-metragens em competição na Seleção Oficial de Cannes, 18 realizadas por homens e quatro por mulheres, a ousada comédia Emilia Pérez, do realizador francês Jacques Audiard, que já ganhou a Palma de Ouro em 2015 com Dheepa, Les Graines du figuier Sauvage, do realizador iraniano Mohammad Rasoulof, e The Substance, de Coralie Fargeat, soam bastante.
Emilia Pérez causou sensação por cá, e com razão, uma mistura de musical e filme Narcos para contar a história simpática de uma traficante de droga que quer deixar essa vida e tornar-se mulher, um filme com um elenco de luxo com Karla Sofía Gascón, Selena Gómez, Zoe Saldaña e Édgar Ramírez.
O último dia do festival também reserva muita emoção, com a atribuição da Palma de Ouro honorária ao ilustre cineasta californiano George Lucas, criador dos êxitos de bilheteira Star Wars e Indiana Jones.
Na véspera, o cineasta de 79 anos disse, num encontro com o público, que estava muito grato pelo reconhecimento e definiu-se como um perfeccionista no mundo da sétima arte.
Anteriormente, durante o festival de cinema, o 77.º Festival de Cannes distinguiu a atriz Meryl Streep, vencedora de um Óscar, e o estúdio de animação japonês Ghibli, fundado há 40 anos por Hayao Miyazaki, Toshio Suzuki (75) e Isao Takahata (1935-2018), com um prémio semelhante.
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