Num encontro com milhares de crianças de 101 países, realizado na véspera no referido complexo desportivo da capital italiana, o Papa expressou que muitos países gastam dinheiro na fabricação de armas e há pessoas que não têm o que comer, porque “ há muita gente fechada com o coração duro, com o coração feito muro”. Na missa que terá lugar este domingo à tarde no Vaticano, está prevista a presença da primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, conforme anunciado em comunicado oficial.
O lema desta jornada de dois dias é “Eis aqui, faço novas todas as coisas”, mas isso não é fácil, sublinhou o Sumo Pontífice, que se referiu à capacidade dos menores de questionar os adultos, de os fazer pensar, e garantiu-lhes que “vocês, filhos, podem fazer uma verdadeira revolução com essas questões e essas ansiedades”.
A atividade, que contou com a presença de mais de cinquenta mil pessoas, começou com um desfile de mais de 100 delegações, seguido de um espetáculo artístico musical, e após um breve discurso, o Bispo de Roma conversou com os menores, aos quais disse que “é sempre possível fazer a paz.”
Segundo um comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, no seu intercâmbio com as crianças ali reunidas, o Pontífice pediu-lhes que recordassem que “para fazer do mundo um lugar melhor devemos começar por amar aqueles que nos são mais próximos, e Ele afirmou que “o egoísmo e a guerra são as causas da injustiça”.
“Rezemos pelas crianças que não podem ir à escola, pelas crianças que sofrem com as guerras, pelas crianças que não têm o que comer, pelas crianças que estão doentes e ninguém as cura”, disse.
Este primeiro Dia Mundial da Criança, organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé “é o início de um movimento em favor dos mais pequenos que querem construir um mundo de paz, no qual todos sejam irmãos e tenham futuro graças ao cuidado de todos com o meio ambiente”, explicou o Papa Francisco.
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