O presidente havia solicitado o intervalo antes que fossem divulgadas as conversas entre Iturralde e o ex-senador Gustavo Penadés, preso e acusado de múltiplos crimes sexuais contra menores.
As mensagens mencionam a preferência do atual ex-presidente do Conselho de Administração do PN pela procuradora do caso Penadés, Alicia Ghione, desde antes da sua nomeação.
Iturralde a chama de “amiga” enquanto desqualifica outros promotores. Significa também decisões de Ghione que, na sua opinião, favoreceram o partido no poder.
Apesar do escândalo, Lacalle Pou confirmou o gozo da sua licença por “motivos pessoais” que se prolongará até 31 de maio e, segundo a imprensa, o levará ao estrangeiro.
Antes de sair do radar público, o presidente comentou o escândalo e disse que não houve pressão sobre o procurador Ghione.
Ele também descreveu Iturralde como “uma grande pessoa e um grande militante”.
“O fato de ele ter cometido um erro em uma conversa privada é outra coisa”, disse ele.
Ao mesmo tempo fez referências críticas ao Ministério Público.
“Há causas que andam a 180 quilómetros por hora e outras ou não andam ou estão paradas”, questionou.
A frase provocou críticas do candidato da Frente Ampla Yamandú Orsi.
“Se antes não havia pressão, agora há” contra o Ministério Público e sustentou que “nada menos que dele”, referindo-se ao presidente.
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