O jornal Haiti Libre informou que Washington doará ao Quénia helicópteros totalmente renovados, um grupo de helicópteros de manobra e de assalto MD-500 polivalentes.
A nação nórdica também entregará ao país africano outros modelos dessas aeronaves usadas em tarefas de evacuação médica, além do conhecido Huey projetado para vigilância, por ser rápido e leve.
Nairobi receberá também cerca de 150 veículos blindados. Este equipamento chegará ao seu destino no final de setembro.
O jornal chamou a atenção para este tipo de entrega ou oferta ao Quénia, enquanto a missão multinacional de apoio à Polícia Nacional do Haiti carece de helicópteros e veículos blindados, entre outros elementos a completar.
O país africano ofereceu-se para liderar um contingente militar que virá para o que chamam de caça aos bandidos.
A certa altura, o Quénia manifestou preocupações quanto ao financiamento da missão de 300 milhões de dólares, em que os Estados Unidos suportam parte dos custos, mas dos 130 milhões de dólares que Washington contribuiu até agora apenas uma pequena fração.
O Quénia pediu para ser pago antecipadamente, mas as regras da ONU exigem que os fundos que administra sejam utilizados apenas para reembolsar os custos já incorridos.
Quando o antigo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, se demitiu em março deste ano, Nairobi disse que ele já não viria para cá.
A nação africana argumentou que a missão militar tinha sido cancelada devido ao total colapso da lei e da ordem no país das Índias Ocidentais.
Os Estados Unidos reagiram imediatamente à declaração do Quénia, dizendo ao governo queniano que não viam necessidade de cancelar a missão policial no Haiti.
O governo queniano voltou atrás na sua decisão e disse que iria ao Haiti após a formação do Conselho Presidencial de Transição.
A Casa Branca insiste que o Quénia será o primeiro país a chegar ao Haiti, mas, desde 23 de abril, têm chegado aviões da Força Aérea dos EUA com meios militares de combate, abastecimentos, provisões e contratados, conhecidos como mercenários.
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