“A Ucrânia e os seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) receberão uma resposta de tal força destrutiva que a própria aliança simplesmente não será capaz de se abster de se envolver no conflito”, escreveu Medvedev no seu canal Telegram.
O mandatário comentou a notícia de que os países ocidentais supostamente “aprovaram o uso” das suas armas de longo alcance fornecidas a Kiev, contra o território russo.
Por sua vez, o chefe do Comité de Defesa da Duma Estatal (câmara baixa do parlamento), Andrei Kartapólov, disse que Moscou responderá de forma assimétrica, mas sensível, ao uso de armas ocidentais em ataques ucranianos contra alvos no território da nação euroasiática.
Na quinta-feira, o Departamento de Estado dos EUA confirmou que o presidente Joe Biden autorizou o uso de armas dos EUA pela Ucrânia para operações de contra-ataque contra a ofensiva russa na região ucraniana de Kharkiv, mas não contra alvos dentro da Rússia.
Kartapolov assumiu que esta decisão “não afetará de forma alguma” o progresso da operação militar especial. “Sim, isso implicará ameaças para eles. Se aumentarem o grau de escalada, responderemos. De forma assimétrica, mas com sensibilidade”, alertou o parlamentar.
A Rússia dá continuidade a uma operação militar especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022, cujos objetivos, segundo o presidente, Vladimir Putin, são proteger a população de “um genocídio do governo de Kiev” e enfrentar os riscos de segurança nacional que representam a ameaça da OTAN, avançar para leste.
Em dezembro passado, Putin afirmou que a operação continuará até que a Rússia consiga a desnazificação, a desmilitarização e a neutralidade da Ucrânia.
As tropas ucranianas são apoiadas militarmente pela OTAN, o bloco militar de 32 nações liderado pelos Estados Unidos. Putin alertou a Aliança Atlântica na terça-feira que haverá consequências se autorizar a Ucrânia a bombardear o território russo.
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