O simulacro nacional de terramoto, tsunami, deslizamento de terras, avalanche, cheia de rio, incêndio florestal, inundação ou chuva torrencial, de acordo com o território que mais sofre com a respectiva catástrofe, esteve a cargo do Instituto Nacional de Defesa Civil (INDECI).

Às 10:00 horas locais, sirenes, buzinas, sinos e outros sons de alerta ressoaram por todo o lado, marcando o início do Exercício Nacional Polivalente.

Embora nem todos os peruanos de diferentes regiões, altitudes e climas se tenham deslocado para as zonas seguras indicadas pelo Indeci, no caso de Lima deslocaram-se para zonas abertas como parques e esplanadas, enquanto os residentes da orla marítima se deslocaram para zonas mais altas.

Os locais de trabalho, as escolas e as universidades suspenderam as suas actividades durante alguns minutos e os serviços de emergência e de salvamento praticaram o resgate de feridos e soterrados e a sua evacuação para centros de assistência.

Na capital foi feita uma simulação de um sismo de magnitude 8,8 que, segundo as previsões dos especialistas, faria ruir dezenas de milhares de casas antigas e precárias numa cidade com grandes áreas de construções informais, muitas delas auto-construídas sem respeito pelas normas de segurança.

A Presidente Dina Boluarte e uma equipa de ministros foram instalados no Centro Nacional de Operações de Emergência (COEN) e a Presidente saudou as reacções da população numa breve mensagem televisiva, sem contacto com a imprensa.

Este dia comemora o terramoto de 31 de maio de 1970, que afectou principalmente a região setentrional de Ancash, com um balanço estimado de 70 000 mortos e 140 000 feridos.

A gravidade do caso suscitou a solidariedade internacional, nomeadamente por parte de Cuba, que enviou uma brigada médica para a região de Ancash para assistir as vítimas, e por parte dos construtores, que construíram e equiparam uma rede de hospitais nesse território e nas regiões vizinhas.

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