Num vídeo enviado para a sua sede, Ferrari reconheceu o contributo da agência noticiosa para a procura de uma arquitetura informativa que potencie “uma nova informação para um outro mundo melhor possível”, disse.
O jornalista e colaborador da Agência, fundada a 16 de junho de 1959, recordou ainda o papel dos media na criação do ‘pool’ das Agências de Imprensa Não-Alinhadas.
Esta iniciativa constituiu um sistema de cooperação entre as agências noticiosas do Movimento dos Não-Alinhados da Organização das Nações Unidas (ONU), que durou de 1975 até meados da década de 1990.
Destacou ainda os valores essenciais da Prensa Latina, como a qualidade da informação, assumida como um bem público e não como uma mercadoria, e a sua permanente solidariedade com agências e iniciativas mais pequenas e frágeis.
A Agencia Informativa Latinoamericana surgiu no contexto da chamada Operação Verdade, que o governo revolucionário triunfante da ilha (1 de janeiro de 1959) activou para desmantelar as campanhas difamatórias contra ela.
O primeiro diretor da agência noticiosa foi o argentino Jorge Ricardo Masetti (1929-1964), e nela trabalharam também o célebre jornalista Rodolfo Walsh (1927-1977) e o escritor colombiano Gabriel García Márquez, entre outras grandes figuras latino-americanas.
Intelectuais e jornalistas de várias partes do mundo reconhecem o impacto dos meios de comunicação social que, segundo a escritora Stella Calloni, “são um exemplo de ética jornalística, porque respeitam o direito das pessoas a receberem informações verdadeiras, num mundo em que o poder hegemónico assume o controlo da maioria dos meios de comunicação social e das tecnologias, semeando a mentira e o ódio”.
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