Em comunicado, a organização não governamental explicou que o Hospital Al Awda, localizado no campo de refugiados de Nuseirat, é um dos poucos no enclave costeiro que presta atualmente serviços de maternidade, incluindo partos e cesarianas.
As autoridades do centro sublinharam que o número de mulheres grávidas que recorrem às instalações está a aumentar devido a hemorragias graves e outras complicações.
O chefe do departamento de obstetrícia e ginecologia do hospital, Raed Al-Saudi, disse que ali nascem 40 a 50 bebês todos os dias, embora existam apenas 35 camas, afirma o texto.
Citada pela organização, Fadwa, de 30 anos, disse que sofreu um aborto espontâneo.
Eu estava cansada e não recebia alimentação adequada e não havia nada que me ajudasse a preservar meu filho, lamentou ela.
Por sua vez, a chefe do departamento de internação e maternidade do hospital, Dra. Yasmine, explicou que a equipe médica documentou muitos casos semelhantes.
É muito possível que os casos de hemorragia pós-parto sejam decorrentes de desnutrição, ou de anemia, já que os bombardeios provocam deslocamentos constantes, explicou.
A especialista alertou que a maioria das crianças nasce com baixo peso e muitas delas foram transferidas para o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa por sofrerem de falta de oxigênio, dificuldades respiratórias ou infecções devido à falta de higiene.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 95 por cento das mulheres grávidas e lactantes em Gaza enfrentam grave pobreza alimentar.
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