O regulamento visa abordar “a sobreposição e a ampla gama de vítimas de violações, conflitos, narrativas e abusos dos direitos humanos que ocorreram em diferentes momentos no país”, afirmou a pasta do Estado num comunicado.
Especificou que o documento está pronto para debate e contribuições dos interessados. Numa fase inicial, envolve o estabelecimento de instituições independentes com base no quadro político e a garantia da operacionalização de todos os mecanismos de justiça transicional.
O roteiro inclui estruturas temporárias e permanentes para facilitar a participação da sociedade civil, bem como enfatiza a coordenação de várias abordagens centradas na sequenciação, coerência, sustentabilidade e no estabelecimento de instituições e regulamentos de apoio.
Detalha ainda os esforços para desenvolver a capacidade destas instituições e abordar as funções dos sistemas de justiça regional e tradicional, dos grupos vulneráveis, da responsabilização e das medidas para os sobreviventes da violência baseada no gênero.
“O sistema de justiça transicional terá propriedade nacional e liderança pública”, afirma o texto. Neste sentido, estão previstas campanhas de sensibilização sobre a importância, o conteúdo e a implementação da política, incluindo iniciativas educativas.
Segundo o Ministério da Justiça, organizaram quatro oficinas em Adis Abeba com representantes de partidos políticos, organizações da sociedade civil, instituições democráticas, grupos de vítimas e funcionários do governo.
As partes interessadas “discutiram ativamente e forneceram comentários sobre o conteúdo do projeto de política”, concluiu a declaração.
mem/rmn/ls