Esta segunda-feira, a Procuradoria-Geral do Estado anunciou que vinculará o vice-presidente ao chamado caso Nene, embora para dar continuidade ao processo penal exija o levantamento da imunidade do funcionário.
Para que tal aconteça é necessário que a Assembleia a autorize com uma votação de, pelo menos, dois terços do plenário, ou seja, 92 votos.
O advogado de Abad, Oswaldo Trujillo, disse à emissora Rádio Pichincha que enquanto não houver levantamento da jurisdição privilegiada, o vice-governador não poderá ser vinculado a nenhum processo.
O promotor Carlos Alarcón anunciou a investigação contra Abad e disse que durante o processo foram encontrados elementos que motivaram a ordem de prisão preventiva de seu filho, Sebastián Barreiro, que foi libertado da prisão de segurança máxima de La Roca após pagar fiança de 20 mil dólares.
Segundo Alarcón, Barreiro pediu dízimos a uma pessoa por trabalhar como Coordenador de Comunicação da Vice-Presidência da República desde que sua mãe assumiu esse cargo.
No dia 3 de junho, embora Abad ainda não fosse diretamente acusada, ela respondeu eletronicamente ao apelo do Ministério Público para o caso Nene, mas optou pelo silêncio.
Na semana passada, em declarações à comunicação social local, a vice-presidente afirmou que a sua ligação a esse processo, que envolve o seu filho Barreiro, “não tem fundamento”.
Para Abad, todas estas ações respondem à perseguição do Governo para impedi-la de assumir a presidência quando o presidente Daniel Noboa tem que entregá-la a ela para fazer campanha por uma possível candidatura nas eleições de 2025.
O caso Nene só a afastaria do cargo se lhe fosse dada a prisão preventiva e se configurasse uma ausência temporária, mas para que isso acontecesse tanto a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar, como a Assembleia teriam um papel fundamental.
Em 8 de dezembro, o vice-presidente Abad viajou a Israel por ordem de Noboa para servir como embaixador em Tel Aviv e colaborador para a paz.
arc/avr/ls