O Escritório de Direitos Humanos disse que, nos países em que a prática é proibida, as pessoas viajam para estados vizinhos ou mais distantes onde a prática é legal ou onde as leis que a criminalizam não se aplicam.
O Alto Comissário para Direitos Humanos, Volker Türk, pediu a erradicação dessa forma de violência, que viola os direitos fundamentais de mulheres e meninas.
“A mutilação genital feminina faz parte de um conjunto contínuo de violência de gênero e não tem lugar em um universo que respeita os direitos humanos”, disse ela em um comunicado.
Liz Throssell, porta-voz de seu gabinete, disse que qualquer forma de violência contra mulheres e meninas em qualquer lugar, seja por motivos culturais ou tradicionais, é injustificável.
O relatório afirma que o número exato de meninas submetidas ao C/MGF transnacional ou transfronteiriço é desconhecido devido à sua natureza clandestina.
No entanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que mais de 230 milhões de mulheres e meninas foram vítimas de mutilação, sendo mais de 144 milhões na África e mais de 80 milhões na Ásia.
Enquanto isso, as Nações Unidas estimam que 4,3 milhões de meninas continuam correndo o risco de serem submetidas a essa prática, que é proibida em mais de 70 países.
A agência adverte que esse procedimento não traz benefícios à saúde e pode causar sérios problemas de saúde, como infecções crônicas.
mem/ebr/bm