Nota da PF indica que foram expedidos, no total, 27 mandados de busca e prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de Santa Catarina (sul), Mato Grosso do Sul e Goiás (centro).
Os nomes dos alvos não foram divulgados, mas o portal R7 confirmou que se trata de empresários da região Sul do país que atuaram no financiamento dos episódios antidemocráticos e no bloqueio de estradas.
Seguidores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) invadiram e saquearam a sede capital do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio Presidencial em 8 de janeiro de 2023, sob gritos de intervenção militar e em repúdio à tomada do poder pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As investigações mostram que os danos a edifícios públicos podem chegar a 40 milhões de reais (cerca de oito milhões de dólares).
Pelo exposto, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens vinculados a pessoas e objetivos da operação, após autorização do STF.
Em tese, os fatos investigados constituem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.
“As investigações continuam em andamento e a Operação Lesa Pátria passa a ser permanente, com atualizações periódicas sobre o número de precatórios expedidos, pessoas capturadas e fugitivos”, explicou a PF. Recentemente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse os investigados pelos atos golpistas na lista dos procurados pela Polícia Internacional (Interpol).
Gonet também quer a emissão de ordem de prisão preventiva contra os acusados.
A medida foi adotada após o portal UOL informar, no dia 14 de maio, que os condenados pela trama quebraram as tornozeleiras eletrônicas e fugiram para Argentina e Uruguai.
Até o momento, o STF condenou 216 pessoas envolvidas no motim.
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