“Tudo, menos a extrema direita”, disse o líder de um dos dois maiores sindicatos da França, com 600.000 membros, à RMC, apenas nove dias antes do primeiro turno das eleições legislativas, nas quais o partido nacionalista Rally Nacional (RN) pretende conquistar a maioria absoluta para reivindicar o cargo de primeiro-ministro.
De acordo com Léon, fiel aos seus valores e à sua história, a CFDT se opõe resolutamente à extrema direita, aos seus projetos de desigualdade e à tentativa de classificar as pessoas de acordo com sua cor de pele ou nacionalidade.
A RN venceu as eleições europeias de 9 de junho por uma esmagadora maioria, o que levou à dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron e à convocação de novas eleições legislativas, desencadeando uma batalha pela maioria absoluta na câmara baixa.
Além disso, o outro grande sindicato francês, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), assumiu uma posição clara contra a extrema direita.
A organização chegou a pedir que seus cerca de 600.000 membros votassem a favor do bloco de esquerda Frente Popular, formado por socialistas, insubmissos, comunistas e ecologistas.
A secretária geral da CGT, Sophie Binet, lembrou que o sindicato já havia se posicionado em 1936, 1945, 1974 e 1981.
De acordo com as pesquisas, o RN lidera as pesquisas com um terço dos votos, seguido pela Frente Popular (28-29%) e pelo partido governista (19-20%).
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