Horas antes, Yerevan e Baku voltaram a trocar acusações, quando o Ministério da Defesa do Azerbaijão denunciou um alegado ataque às suas posições fronteiriças, algo que a Armênia descreveu como desinformação.
“O gabinete do primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinian, propôs através dos canais diplomáticos ao gabinete do presidente do Azerbaijão a criação de um mecanismo bilateral para investigar casos de violação do cessar-fogo”, lê-se na nota, publicada no Telegram no canal oficial do executivo.
O governo indicou que o Ministério da Defesa do Azerbaijão tem divulgado recentemente regularmente relatórios de alegadas violações da trégua por parte da Armênia, algo que Yerevan rejeita veementemente. A Armênia e o Azerbaijão travaram duas guerras por Nagorny Karabakh desde que aquele território, com uma população maioritariamente armênia, decidiu separar-se em 1988 da então República Socialista Soviética do Azerbaijão.
Em 2022, Baku e Yerevan, com a mediação da Rússia, dos Estados Unidos e da União Europeia, começaram a discutir a assinatura do futuro tratado de paz.
No final de maio de 2023, Pashinyan declarou que Yerevan estava preparado para reconhecer a soberania do Azerbaijão nas suas fronteiras da era soviética, incluindo o enclave de Nagorno-Karabakh.
Apesar disso, em Setembro do mesmo ano, o Azerbaijão lançou uma operação militar que levou ao desarmamento e à autodissolução das milícias armênias de Nagorny Karabakh e, finalmente, ao anúncio de que esta república rebelde deixou de existir a partir de 1 de Janeiro de 2024.
Em 7 de dezembro, Baku e Yerevan afirmaram numa declaração conjunta que existe uma oportunidade histórica para alcançar a tão esperada paz na região do Sul do Cáucaso, confirmaram a intenção de normalizar as relações e alcançar a paz baseada no respeito pelos princípios da soberania e integridade territorial.
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