O chefe dessa instituição, Moayed Shaaban, destacou em comunicado que desde que aquele gabinete chegou ao poder, no final de 2022, foram aprovadas mudanças radicais para promover os planos de expansão das colônias.

Como parte dessa estratégia, foram simplificados procedimentos para legitimar os postos avançados, como são conhecidos os campos montados por extremistas de extrema direita na Cisjordânia.

Estes edifícios são a semente das futuras colônias judaicas nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental.

Todos eles são considerados ilegais pela comunidade internacional e por diversas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas as autoridades fazem uma distinção entre os que são aprovados e os que não o são.

“Israel elaborou uma lista de mais de 70 postos coloniais avançados, a fim de trabalhar para resolver a sua situação, proporcionando-lhes serviços básicos e segurança, o que significa impor-nos um sistema de guetos e cantões, a fim de impedir a criação de um Estado palestino viável”, concluiu.

Shabaan também questionou o deslocamento forçado de comunidades beduínas para expandir os assentamentos.

Recentemente, a Comissão informou que, desde o início do atual ciclo de violência, em 7 de Outubro, Israel confiscou 27.000 dunums de terra (2.700 hectares) na Cisjordânia.

Esse país ocupa 2.380 quilómetros quadrados na Palestina, o equivalente a 42 por cento do território total da Cisjordânia, revelou.

O Gabinete Central de Estatísticas indicou em Março passado que esta nação confiscou 50.526 dunums de terras palestinas (pouco mais de cinco mil hectares) em 2023, quase o dobro do valor do ano anterior.

Segundo dados oficiais, mais de 250 mil colonos judeus vivem na área ocupada de Jerusalém Oriental e outros 500 mil no resto da Cisjordânia.

Há uma semana, a ONG israelita Peace Now criticou hoje a política de colonização promovida por Netanyahu.

“Em vez de salvaguardar a segurança e os interesses políticos de Israel, o nosso governo criminoso está a servir facções extremistas de colonos”, afirmou no X.

A última coisa de que necessitamos é de mais colonatos ilegais que sobrecarreguem a segurança e nos afastem ainda mais de uma solução política urgente, acrescentou.

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