A audiência, originalmente marcada para 17 de junho, foi adiada e os casos pendentes foram remarcados para segunda-feira, disse Victoria Bórquez, uma de suas advogadas, aos repórteres.
Bórquez expressou preocupação com a condição de seu cliente, que perdeu mais de 11 quilos de peso e sua saúde não está ótima após vários jejuns.
Em 6 de maio, o Tribunal Penal Oral de Temuco condenou o líder da Coordenação Arauco Malleco (CAM) a 15 anos de prisão por incitação e apologia à violência, cinco anos por roubo de madeira e outros três anos por ataque a autoridades.
A defesa rejeita a aplicação democrática da Lei de Segurança Interna do Estado a um líder do povo da nação mapuche e o uso de testemunhas protegidas para o cumprimento de uma longa sanção.
Ele adverte que esses procedimentos são contrários à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho sobre os direitos dos povos indígenas, assinada pelo Estado chileno.
“Consideramos essa condenação totalmente injusta, uma vez que não foi provada a concomitância dos vários crimes pelos quais ele foi acusado, nem sua participação nos eventos”, disse Bórquez.
O líder do CAM iniciou uma greve de fome em 3 de junho para exigir a anulação do julgamento, a libertação de seus filhos Ernesto e Pelentaro, acusados pelo Ministério Público por supostos crimes, e para exigir condições dignas de prisão para os prisioneiros mapuches.
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