“Finalmente! Finalmente! Tantos anos de vidas destruídas! Finalmente, Assange está de volta à luz do dia”, escreveu Jean-Luc Mélenchon, líder do La France Insoumise, nas mídias sociais. O candidato múltiplo à presidência afirmou que a foto de Assange em seu escritório o ajudou a resistir em muitas ocasiões.
Assange está livre, agora nós também podemos ser livres”, disse ele em resposta à notícia de que o jornalista e ativista australiano foi libertado da prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido, onde passou 1.901 dias em confinamento.
Por sua vez, o secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel, considerou o ocorrido uma excelente notícia e uma vitória para os direitos humanos e a liberdade de imprensa.
Assange, que já deixou o território britânico, estava enfrentando um pedido de extradição da justiça norte-americana pela divulgação de documentos secretos por meio do portal WikiLeaks, que revelou ao mundo a gravidade dos crimes cometidos pelos militares norte-americanos durante as agressões e ocupações do Afeganistão e do Iraque.
O editor do jornal L’Humanité, Fabien Gay, também destacou a libertação do ativista de 52 anos da prisão e sua relevância para a luta pela liberdade de imprensa e o direito à informação de interesse geral.
Estamos pensando nele e em sua família, que recebemos várias vezes na Fête de l’Humanité, disse ele, referindo-se ao festival político-cultural que todos os anos, em setembro, atrai centenas de milhares de pessoas na região de Paris.
O acordo de Assange com um tribunal dos EUA envolveu a confissão de culpa em uma acusação de espionagem e a aceitação de uma pena de 62 meses de prisão, mas ele recebeu crédito pelo tempo que passou preso no Reino Unido.
Várias iniciativas em favor de sua libertação foram organizadas em solo francês nos últimos anos, incluindo a apresentação em 2021 de um projeto de resolução pedindo seu asilo político na França e o pedido de sua naturalização.
mem/wmr/bm