O Gabinete Central de Estatística detalhou em comunicado que as vendas ao exterior nesse mês totalizaram 317,5 milhões de dólares, uma diminuição de nove por cento em termos homólogos.
Quanto às importações de mercadorias, totalizaram 420,3 milhões de dólares, uma diminuição de 28 por cento.
A entidade explicou que em abril a balança comercial, que representa a diferença entre exportações e importações, registrou uma diminuição do valor do défice de 32 por cento.
De acordo com estimativas oficiais, a economia palestina perde 20 milhões de dólares todos os dias como resultado da contínua agressão israelense.
Em meados deste mês, o ministro palestino do setor, Muhammad Al-Amour, explicou que a produção na Faixa de Gaza está completamente paralisada e semiparalisada na Cisjordânia.
“A economia palestina enfrenta um colapso complexo e sem precedentes como resultado das repercussões” da ofensiva militar daquele país, sublinhou.
Al-Amour alertou que até ao final deste ano o Produto Interno Bruto (PIB) cairá 10 por cento.
Este mês, o ministro palestino do Trabalho, Enas Attari, alertou sobre a grave crise sofrida pela população nos territórios ocupados pela guerra e o bloqueio imposto por Israel nos últimos meses.
Dias antes, a Organização Internacional do Trabalho e o Gabinete Central de Estatísticas Palestino revelaram num relatório conjunto que a taxa de desemprego na Faixa de Gaza atingiu 79,1 por cento e na Cisjordânia 32 por cento.
Em fevereiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento destacou que o enclave costeiro necessitará de bilhões de dólares e levará décadas para reverter a destruição sem precedentes da sua economia e infraestruturas.
A instituição destacou que mesmo com o cenário mais optimista de um crescimento anual de 10 por cento, só em 2035 seriam alcançados os níveis económicos de 2006, quando Israel impôs um bloqueio àquela área após a chegada ao poder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
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