O primeiro relatório parcial do Ministério do Interior confirma as projeções das sondagens, que refletiram elevado interesse nas eleições, num cenário de crise política após a dissolução da Assembleia Nacional em 9 de junho.
Essa decisão e a convocação de eleições legislativas antecipadas foram anunciadas pelo Presidente Emmanuel Macron após a grande vitória, no domingo, do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições europeias.
Três semanas depois, quase 50 milhões de franceses são novamente chamados às urnas, com o segundo turno marcado para 7 de julho.
O objetivo das forças políticas em disputa é conseguir a maioria absoluta na Assembleia (câmara baixa), de pelo menos 289 dos seus 577 deputados, o que lhes permitiria ter o cargo de primeiro-ministro, ou seja, manter o poder, se o que o partido no poder alcançaria, ou alcançaria, em caso de sucesso da oposição.
Há três blocos principais em disputa: o RN, favorito em todas as pesquisas, seu perseguidor mais próximo, a Nova Frente Popular, que reúne partidos de esquerda, e a relegada organização governante Renascimento e seus aliados.
Para o partido no poder, surge uma perspectiva sombria, uma vez que Macron poderá ser forçado a lidar com a coabitação política, um cenário raro desde o estabelecimento da Quinta República em solo francês (1958).
A taxa de participação ao meio-dia sugere que estas serão eleições legislativas de grande participação, com a possibilidade de entre 63 e 67% dos votos dos eleitores, muito superior aos 47 por cento registados nas eleições parlamentares de 2022.
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