O presidente considerou que os temas avaliados na reunião do mais alto órgão governamental são “muito importantes” pelo seu impacto na macroeconomia e na sociedade.
Díaz-Canel fez referência às complexidades econômicas que a ilha enfrenta e provocam atrasos na cesta familiar regulada, instabilidade no Sistema Elétrico Nacional; a relação inadequada que por vezes se estabelece entre os setores estatal e não estatal, bem como o aumento excessivo dos preços.
Segundo uma reportagem do jornal Granma, o chefe de Estado apelou à procura de soluções para os problemas mencionados e destacou que muitos deles estão relacionados com a burocracia e o insuficiente controle institucional.
Referiu-se também à importância de tomar consciência da profundidade e do alcance das tendências negativas, bem como da forma como as projecções do Governo devem ser implementadas para as abordar.
Da mesma forma, aprofundou-se nas prioridades de trabalho definidas pelo Partido Comunista de Cuba para fortalecer a unidade; aperfeiçoar o trabalho ideológico e garantir a execução das medidas econômicas propostas pelo Governo.
O dignitário insistiu na necessidade de “ter mais controle sobre as despesas” e dar mais participação às empresas estatais na contratação de serviços.
Durante o Conselho de Ministros foi apresentado um novo conjunto de medidas associadas às projeções do Governo para corrigir distorções e relançar a economia durante 2024.
A este respeito, a Primeira Vice-Ministra da Economia e Planeamento, Mildrey Granadillo, explicou que estas medidas procuram corrigir os desequilíbrios macroeconômicos, aumentar a captura de divisas ao país através de diferentes meios e conceitos, incentivar a produção nacional e ordenar o funcionamento de formas de gestão não estatais.
Detalhou que entre as principais ações estão o ajuste do Plano e Orçamento de 2024 às condições da “economia de guerra”, a redução das rubricas orçamentais com o objectivo de reduzir o défice fiscal, bem como a definição de requisitos na atividade orçamentada para a utilização de o Orçamento aprovado e centralizar o poder de aprovação.
As novas linhas de trabalho incluem também o estabelecimento de uma política de preços única e o início do processo de preparação do Plano da Economia e do Orçamento do Estado para 2025, com base na aprovação do Modelo Global e das Diretivas Governamentais concebidas para o efeito.
Durante a reunião, constatou-se que o comportamento da economia no final de 2023 apresenta uma diminuição face ao ano anterior, e face à estimativa para o primeiro semestre de 2024.
O mais alto órgão do governo concordou em submeter à apreciação da Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento), na sua sessão de Julho, o relatório do Acordo Orçamental para análise e aprovação.
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