Ao discursar na inauguração da 55ª Assembleia Plenária do FP-SADC, que decorre em Luanda, o chefe do Legislativo angolano sublinhou que, num cenário caracterizado por vários problemas econômicos e sociais, o evento promove a análise e a procura de soluções .
Mencionou desafios como a estabilidade política, econômica e social; pobreza extrema, exclusão social e analfabetismo; bem como a corrupção, a fragilidade das estruturas políticas e a diminuição da participação das sociedades civis.
Outros problemas são a discriminação de gênero, a assimetria entre cidades, infra-estruturas deficientes, falta de pessoal especializado, desemprego estrutural e dependência excessiva do setor público, juntamente com uma dívida externa insustentável e dificuldades na gestão das finanças públicas.
“Estamos aqui reunidos para minimizar obstáculos e encontrar soluções”, disse Cerqueira, que considerou que a reunião FP-SADC é um contributo para o projeto de integração regional, a luta pelo desenvolvimento sustentável e os esforços de industrialização da região.
Valorizou o evento como uma oportunidade para apresentarmos em conjunto as melhores recomendações para a implementação das estratégias e políticas de desenvolvimento de cada um dos países membros.
Neste sentido, destacou o Plano Estratégico para o período 2024-2028, que “abre um novo ciclo para a implementação de ações” no médio e longo prazo.
Apelou a selar o compromisso com a institucionalização de “parlamentos fortes e resilientes, capazes de promover o diálogo e a compreensão em situações de crise e ameaças à democracia e ao Estado democrático de direito, no atual contexto geopolítico, regional e global”.
Cerqueira sublinhou que para atingir os objectivos propostos é necessário dinamizar o paradigma da paz duradoura e do desenvolvimento sustentável, baseado na cooperação activa entre todos os países, razão pela qual apelou aos parlamentares para que continuem a desempenhar um papel activo no fortalecimento e aprofundamento da cooperação.
A Secretária Geral do FP-SADC, Boemo Sekgoma, por seu lado, destacou a necessidade de parlamentos fortes para defender a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos.
“Um país com um parlamento ativo e funcional desfruta de paz e segurança nas suas fronteiras”, disse ele.
Elogiou a organização do evento por Angola, bem como o progresso do país no desenvolvimento socioeconômico.
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